Por Luís Nascimento, fundador da Rima Projetos Especiais.
Há mais de uma década, decidi criar a Rima com uma convicção simples, mas poderosa: a criatividade não deve ter limites, mas sim propósito.
Em Torres Vedras, onde tudo começou, percebi que havia uma lacuna — faltavam empresas capazes de transformar ideias em peças únicas, criadas à medida, que unissem arte, engenharia e emoção.
A Rima nasceu desse desafio: dar forma ao que a imaginação consegue sonhar.
Desde o primeiro dia, soubemos que não queríamos ser uma empresa de catálogo. Cada projeto seria um novo ponto de partida — uma folha em branco onde a técnica e a criatividade se encontram. Essa tem sido a nossa filosofia e a razão pela qual cada peça que sai da Rima tem identidade própria. É também o que nos permitiu conquistar espaço dentro e fora de Portugal, mantendo sempre a autenticidade que nos define.
Criar é resolver, é acreditar.
Um dos momentos que guardo com mais orgulho foi o desenvolvimento dos parques infantis em fibra de vidro.
Na altura, parecia uma ideia ousada — usar um material inovador, sem emendas, que trouxesse mais segurança e um novo valor estético às estruturas. Mas a ousadia valeu a pena.
O projeto do Centro Colombo, desenvolvido com a FUEL para a Sonae Sierra, foi um marco. Mostrou-nos que a imaginação, quando aliada à técnica e à confiança dos parceiros certos, não tem fronteiras.
Desde então, já demos vida a mais de duas dezenas de parques infantis personalizados, em países como Espanha, França, Itália, Suíça e Hong Kong.
Recordo especialmente o parque suspenso do Gran Casa, em Saragoça, distinguido como o maior da Europa. Foi um verdadeiro puzzle tridimensional — com peças a nove metros de altura — e uma prova do que uma equipa motivada e unida é capaz de alcançar.


Entre o design e a emoção.
A Rima sempre foi mais do que uma empresa de estruturas.
É um espaço onde o design ganha alma e onde cada detalhe tem uma história.
Na decoração de interiores, tivemos o privilégio de colaborar com grandes nomes, como Nini Andrade Silva e Paulo Duque, em projetos hoteleiros e comerciais que desafiaram a nossa criatividade.
No Hotel WC Beautique, criámos camas iluminadas e uma receção com uma queda de água em vidro — um conceito que transformou o espaço numa experiência sensorial.
No Hotel da Madalena, um candeeiro de pernas irreverente, criado em apenas quinze dias, tornou-se símbolo da nossa capacidade de materializar ideias improváveis.

E há também o Pinóquio de seis metros em Vila Nova de Gaia, os brasões em fibra da Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau ou o mobiliário especial para a CP — obras que refletem o mesmo ADN: personalização, detalhe e emoção.
A confiança é o que nos distingue.
Ao longo dos anos, aprendemos que a inovação não vive apenas dos materiais — embora gostemos de os dominar todos: madeira, ferro, fibra de vidro, acrílico, policarbonato.
O verdadeiro valor está na confiança.
A confiança dos clientes que acreditam nas nossas ideias. A confiança da equipa que se desafia todos os dias. E a confiança de quem sabe que, quando a Rima se envolve num projeto, o resultado será algo verdadeiramente especial.
Muitos dos nossos trabalhos nunca são mostrados publicamente. Faz parte do nosso compromisso com a confidencialidade e com o respeito pelos clientes.
Não precisamos de mostrar tudo — o mais importante é sabermos que deixámos a nossa marca, mesmo quando ela é discreta.
Crescer com raízes firmes.
Hoje, a Rima tem projetos espalhados pela Europa, pelo Dubai, Angola e Brasil.
Mas, apesar da dimensão internacional, continuo a fazer questão de trabalhar com parceiros e fornecedores portugueses, em especial da Região Oeste.
Acredito que o verdadeiro crescimento é aquele que também faz crescer o lugar de onde viemos.
Não temos a ambição de nos tornar numa estrutura pesada ou impessoal.
A nossa prioridade é a sustentabilidade, a coerência e a fidelidade à nossa essência criativa.
A Rima é, e continuará a ser, um espaço de liberdade criativa, onde o rigor técnico se junta à paixão de criar.
Porque o que fazemos não é apenas construir — é imaginar, transformar e inspirar.
Mais do que projetos, criamos histórias.
Cada peça que sai do nosso atelier conta uma história.
Uma história feita de ideias, de desafios e de pessoas que acreditam que é possível fazer diferente.
É essa crença que nos move — a certeza de que, quando a imaginação ganha forma, o impossível deixa de existir.


